J. Canavieira
O jornal O Estado do Maranhão, responsável pela propaganda do governo Roseana, a cada dia se supera na inglória missão de tentar vender ilusões. Essa semana, em editorial, chamou atenção para a movimentação de navios na Baía de São Marcos, que, na visão deles, teria virado um verdadeiro “pátio de estacionamento”. Esqueceram de dizer que essas embarcações, a maioria graneleiros, escoam para o resto do mundo a preço de banana o minério extraído em Carajás, que retorna ao Brasil industrializado e custando os olhos da cara, enquanto nós tão-somente assistimos à ‘Banda passar’.
- “São 31 navios fundeados nas imediações do complexo portuário, que evidenciam que o processo econômico está em pleno andamento no Brasil e no mundo e que o Maranhão é parte ativa desse processo”, alardeia o jornal sarneisista. E tudo para tentar relacionar o suposto crescimento do tráfego marítimo com ações do governo Roseana. O comentário não esclarece, contudo, se há “flanelinhas” vigiando as embarcações no tal “estacionamento”, para que ao menos se possa imaginar que o movimento de alguma forma se reflita na inserção de maranhenses nesse mercado de trabalho.
Quanto aos combustíveis e o gás de cozinha transportados pela via marítima e destacado no editorial como se fosse uma grande novidade, é prática muito antiga. Muito provavelmente Roseana chegou a sorver inúmeras ‘mamadeiras’ da deliciosa ‘cremogema’ caprichosamente cozinhada pelas chamas do indefectível ‘Gás Butano’, já naquela remota época transportado por navios cargueiros.
A grande verdade é que a inércia do atual governo está deixando sua assessoria de comunicação “desassuntada”. As notícias verdadeiramente relacionadas ao “melhor governo da vida de Roseana” não são nada animadoras.
São presos degolados e esquartejados, greves estourando de tudo quanto é lado e a colorida e estrepitosa locomotiva de campanha pilotada pelo marqueteiro Duda Mendonça, carregada de promessas vãs, acabou descarrilando na primeira curva. Os que nela confiaram estão todos “a ver navios”, no que são agora ajudados pelo seu próprio jornal.
Fonte: Blog do John Cutrim
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