
A luta dos professores pela valorização da educação perpassa pela implementação do Piso Nacional.A sociedade brasileira, através da Conferência Nacional de Educação, recomendou a aplicação de 10% do PIB na educação pública durante um período de tempo necessário para o país equalizar a oferta de ensino público de qualidade.
Esse é um desafio enorme, visto que apenas 18% da população entre 0 e 3 anos de idade encontra-se matriculados em creche;25% das crianças não frequentam a pré-escola;cerca de 1,7 milhão de crianças entre 5 e 14 anos trabalham e 8,9%, na faixa dos 6 aos 14 anos, estão fora do ensino fundamental,sendo que 2,4% evadiram da escola;14,8% dos jovens não frequentam a escola e apenas 50,9% estão matriculados no ensino médio(etapa correspondente à faixa etária).Na região Norte esse percentual de matrícula cai para 39,1%;da população 9,6% é analfabeta literal e quase 30% sofre com o analfabetismo funcional.
Os professores do país obtiveram importante vitória no STF. O piso nacional foi julgado constitucional e sua aplicação é imediata.
O Piso Nacional reconhece socialmente uma categoria profissional historicamente desvalorizada;combate desigualdades regionais marcantes que impactam a qualidade de vida dos educadores e o aprendizado dos estudantes;serve de base para os vencimentos dos demais níveis da carreira e contribui para unificar as lutas nacionais da categoria.
Contudo, sua aplicação tornar-se-á inócua,se não for vinculada às carreiras profissionaiss, as quais são fundamentais para atrair a juventude para a profissão e para motivar os profissionais que nela já se encontram e almejam uma aposentadoria digna.É também através da carreira que se definem as condições de formação e de trabalho dos educadores e suas cargas horárias semanais.
A luta continua,pela implantação "de fato" do Piso Nacional e pela valorização da Educação Nacional.
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