3 de agosto de 2013
PESQUISA DO IBGE
Apesar
de ter crescido mais de 11 anos, de 1980 a 2010, esperança de vida do
maranhense é a menor do país: 68,7 anos; índice de mortalidade infantil
no estado é o 2º pior do Brasil: 29 em cada mil nascidos vivos
POR OSWALDO VIVIANI (JP)
De
acordo com números divulgados ontem (2) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o Maranhão é o estado em que a população
tem o menor índice de esperança de vida ao nascer, com 68,7 anos –
homens, 65, e mulheres, 72,7 anos. Apesar da pior posição no ranking dos
estados, a esperança de vida do maranhense cresceu 11,2 anos no período
pesquisado (1980 a 2010). Em 1980, a expectativa de vida do estado era
de 57,5 anos (54,5 para os homens e 61,2 para as mulheres). Em
mortalidade infantil, o Maranhão é o 2º pior do país, só ganhando de
Alagoas.
Outros estados que estão
entre os piores em expectativa de vida (ano referência de 2010) são
Alagoas (69,2 anos); Piauí (69,8); Roraima (69,9); e Rondônia (70,3).
Em todas as regiões e estados do país, o IBGE constatou acréscimos na esperança de vida ao nascer.
No
Brasil, em 2010, a esperança de vida ao nascer no país era de 73 anos e
9 meses, revelando um acréscimo de 11 anos e 2 meses, em comparação com
1980, quando o índice era de 62,5 anos.
A
região Nordeste foi a que registrou o maior crescimento na taxa de
expectativa de vida em 30 anos, com aumento de 12,95 anos – 58,25 anos
em 1980 e 71,20 em 2010.
Santa
Catarina foi o estado que apresentou a maior expectativa de vida tanto
para mulheres quanto para homens. Enquanto elas alcançam 79,9 anos, eles
podem chegar até 73,7 anos – a média de idade do estado é de 76,8 anos.
As
mulheres de Roraima são as que vivem menos, segundo o IBGE, com
expectativa de vida de 72,8 anos. Já Alagoas é o estado onde os homens
vivem menos, com expectativa de vida de 64,6 anos.
De
acordo com a pesquisa do IBGE, moradores da Região Sul do país
registraram a maior taxa de expectativa de vida, podendo viver até 75,8
anos. Em seguida, vem o Sudeste, com 75,4 anos; na terceira posição está
o Centro-Oeste, com 73,6 anos; o Nordeste ficou em quarto, com 71,2
anos e, na última posição, está o Norte, com 70,76 anos.
Mortalidade infantil
– Alagoas registrou a maior taxa de mortalidade infantil do país, em
2010, com 30,2 mortes de crianças com idades menores do que 1 ano, em
cada grupo de 1.000 nascidos vivos.
O
Maranhão registrou em 2010 o 2º pior índice, com 29 mortes, em mil
nascimentos, seguido por Amazonas (22,2), Piauí (23,4) e Bahia (23,1).
Em 1980, o Maranhão tinha o 7º pior índice de mortalidade infantil do
país – 86,1.
Já Santa Catarina tinha o
menor índice de mortalidade infantil do país, em 2010, com 9,2 óbitos
de crianças com menos de 1 ano, em 1.000 nascimentos.
No
Brasil, o índice de mortalidade infantil caiu 75,8% entre 1980 e 2010,
segundo o IBGE. Em 1980, eram registrados no Brasil 69,1 óbitos de
crianças menores de 1 ano para cada grupo de mil nascidos vivos. Já em
2010, a taxa era de 16,7 óbitos.
As
informações – tanto as referentes à expectativa de vida como as sobre
mortalidade infantil – fazem parte das Tábuas de Mortalidade, que usam
dados do Censo de 2010 do IBGE, de estatísticas de óbitos provenientes
do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do
Ministério da Saúde, referentes a 2010. As tábuas, que são divulgadas
todos os anos, foram recalculadas a partir de um recorte regional. Os
dados de 2010 por estado foram divulgados pela primeira vez pelo IBGE.
(Com portal do IBGE e G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário