terça-feira, 3 de setembro de 2013

PÁTRIA AMADA BRASIL

Texto: Professor Luciano Matias
 
Estamos vivendo a "Semana da Pátria". Mas que Pátria temos? que Pátria queremos? somos realmente independentes?
 
Infelizmente somos vistos no resto do mundo como a pátria de chuteiras, do futebol, do carnaval e suas mulheres exuberantes com suas bundas exponenciais, que tremem no ritmo e na sensualidade pornográfica do funk , do suingue e de outras drogas viciantes, que hoje recebem o nome de música.
 
Pátria da corrupção generalizada, onde o dinheiro designado para a saúde acaba em outra hospedagem, onde o dinheiro da educação espalha-se entre os burocratas oficiais, pelos corredores da politicagem. Pátria onde aqueles que deviam zelar pela nossa segurança, asseguram por suas próprias ações que seus bolsos tenham verbas suficientes para o seu bel prazer.
 
Pátria dos Pês insaciáveis: do Movimento Democrático Brasileiro, Democratas, Progressistas, Social-democratas, burocratas, trabalhistas. Da direita conservadora, que não admite um trabalhador no poder. Pátria dos oligarcas, dos coronéis sem farda, dos que "mandam quem pode".
 
Pátria da população ainda carente, que mora em casa de taipas, que mendiga na rua em busca de pão, que procura nas drogas o que não encontra na realidade, que reside nesta terra mãe gentil, mas que pra ela é madrasta, que vê a riqueza do berço esplêndido, esparramada nas mesas de bem poucos, que é excluída da cultura, do ter, do poder e do ser.
 
Pátria de lutadores, do lavrador que acorda ainda no escuro, pois alguém disse erroneamente que "Deus ajuda a quem cedo madruga", do professor sempre esperançoso por dias melhores, por vida melhor, de quebradeiras de coco, que desde o primeiro raio de sol, batucam no ritmo de agonia e dor, de desempregados, violentados, prostitutas, domésticas...
 
Pátria da falsa união, pseudorespeito à diversidade. Na prática, Pátria da homofobia, do racismo, do preconceito, do desrespeito, da indiferença social. Pátria da casa grande -senzala,. Do sexo frágil e fácil.
 
Pátria das poposudas, das cachorras, das preparadas, das piriguetes, das poderosas, dos garanhões, dos ricardões, dos bombados, não de homens e mulheres. Pátria do "pão e circo", do turismo sexual, da exploração infantil, do trabalho escravo.
 
E a questão é; "somos livres?"

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