NEGRO
Negro teu nome é luta
Luta dos ancestrais espezinhados
Dos atuais tão humilhados
Contra o preconceito de raça e cor
Negro tua mãe é a terra em sangue
Da lembrança dos mártires pretos
Mortos na luta pela liberdade
Dos que hoje agonizam em dor.
Negro tu és guerreiro
Da guerrilha libertadora
Que encanta e faz cantar
O hino trovejante da doce luta.
Negro tu és nobre, belo, viril
danças num bailar de pranto
No leve balanço do teu pensar
Enquanto a "pena' não te faz livre.
Negro quilombola lutador
Quebra a corrente da solidão
De que livre estás, ilusão
Pois a libertação se faz no caminhar.
Negro escravo de si mesmo
Da ideologia do inferior
Que supera o teu eu ferido
Transformando o sorriso em dor.
Negro forte de sagrado odor
Do suor, do sangue, do corpo
Que em lágrimas transborda a cor
Do futuro feliz que não vejo.
Negro de persistência, do cantar
Do pensar, do sofrer, do amar
Negro teu nome é luta
Ontem, hoje e sempre.
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