segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

VIOLÊNCIA CRESCENTE EM MATÕES...QUEM SÃO OS CULPADOS?

Por Professor Luciano/Crônicas de Matões

Matões ficou estarrecido com mais uma ação violenta praticada em seu território. Trata-se de um morador do povoado Gentil, conhecido como "Viu",que foi brutalmente assassinado na noite deste domingo(7/12).

Gostaria, neste espaço, mais que relatar um fato ocorrido, refletir sobre os fatos violentos registrados, diuturnamente, em nosso querido município.

Algo precisa ser feito imediatamente. A segurança pública, que é dever do Estado, precisa ser encarada com mais seriedade, visto que estamos tratando de vidas humanas, que vem se perdendo aos poucos.

Aqui falo da onda de assaltos,furtos, roubos e, agora, latrocínios que vem assolando nossa terra amada.Quais são os verdadeiros culpados?De quem é a responsabilidade?O que deve ser feito daqui para a frente? Estas questões não saem da mente e dos corações da população apavorada.

O Estado não garante o policiamento suficiente em cada município.O correto,segundo estudos internacionais, seria de 1 policial para cada 250 habitantes. Neste caso, em Matões precisaríamos de 120 policiais;temos cinco ou seis. Precisamos,ainda, desmilitarizar a polícia e transformá-la em polícia comunitária,mais perto da população.

O que ocorre é que a população matoense está à mercê de sua sorte.

Outro elemento é a violência no trânsito, que ceifa inúmeras vidas humanas em nossas estradas. Outra vez o Estado deve ser responsabilizado,pois ele deve prover a fiscalização em suas rodovias. No entanto, aqui cabe também ressaltar a falta de educação dos condutores e pedestres, que burlando a lei, conduzem de qualquer maneira seus transportes e suas vidas, colocando na berlinda o seu viver e o dos outros cidadãos.

Um elemento primordial, na onda de violência no país, e Matões é Brasil, é o imenso fosso social e econômico que existe, complementado com a alta concentração de renda nas mãos de poucas famílias e, políticas toscas de distribuição de renda.

A guinada se dará quando todos assumirem as responsabilidades que lhes cabem; quando a educação for encarada como instrumento de igualdade social; quando a população se mobilizar e garantir maior participação na vida pública; quando a política de humanização estiver acima da política de exploração social dos marginalizados.

Que escrevamos uma cultura de paz!

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