domingo, 15 de março de 2015

Matões: Caminhada Ambiental na nascente da Lagoa

Uma iniciativa do companheiro Helder, ambientalista preocupado com os rumos que os mananciais de nossa cidade estão tomando, resolveu reunir um grupo de amigos para debater e buscar alternativas para a recuperação e salvação do fluxo das águas de Matões, uma vez que essas estão sumindo a passos longos.
O primeiro encontro aconteceu na manhã deste sábado (14), na residência de Neuton (Neuton Careca), conhecido popularmente assim em nessa cidade, ponto estratégico por se encontrar muito próximo ao local da nascente da lagoa do Rozeno.
Estiveram presentes nesta caminha muitas pessoas interessadas na causa: Profª Marta, Prof° Tote, Profª Adenilza, Vereador Bilú, Secretário de Meio Ambiente Alan Brito, Secretário de Convênios Hairlan, Profª Célia, Presidente da CPL Marquinhos, Drª Lizandra, Pedro Morais, Zé Mendes, Secretário de Planejamento Sidney Moura e muitas outras interessadas na preservação de nossas riquezas naturais.
Sidney Moura: cintou a importância desse tipo de projeto, “mais para isso deve-se procurar os meios legais para tornar a iniciativa real, fazer um relatório de cada região afetada e buscar as medidas corretas para serem aplicadas em cada uma delas, formar uma ONG na área específica”, para finalizar sugeriu que fosse criado um viveiro com espécimes nativos da região, para repor esses locais.
Professor Tote: “A Lagoa do Rozeno fez parte de minha infância assim das de muitos presentes”, ressaltou que lutar sem objetivos não reflete e nem resolve os problemas que estamos enfrentando, “prova disso é o Olho D’água, que conquistamos o direito de preservá-lo, e mais nada foi feito depois disso, hoje se encontra abandonado, um local morto e desconhecido por nossos filhos”, ainda falou da importância que devemos dar às queimadas, sendo elas uma das principais provocadoras da destruição dos nossos mananciais.
O Secretário Alan Brito se colocou à disposição do grupo e que está pronto para apoiar os projetos em todos os momentos, “Como secretário estou na linha de frente ao acesso, e buscaremos meios para captar recursos a fim de buscar soluções para os problemas enfrentados”, citou que já havia denunciado algumas irregularidades aos órgãos competentes do Estado a situação da Lagoa de Cana Brava, esta, em situação crítica.
Marquinhos: “O problema da água não é uma luta apenas de Matões, hoje como estamos vendo nos jornais, a água é um problema planetário, e em Matões praticamente todos os mananciais estão localizados em propriedades particulares, as medidas que devemos tomar é primeiramente conversar com essas pessoas que têm esses locais em suas propriedades e se não resolver, buscar as medidas legais previstas em Lei, o que não podemos é parar por problemas como esses.
Vereador Bilú: “Precisamos conscientizar as pessoas de nosso município sobre a importância dessa preservação, e entender que estamos tratando de meio ambiente, ter a humildade e fazer as ações como um grupo para não acontecer o que aconteceu com muitos outros momentos de nossa história”.
Hairlan: “A necessidade deste ato é de muita importância, lembro me quando a Lagoa dos Homens era o point da cidade, hoje vejo muitos quem nem ao menos sabem o que foi esse point. Vimos a lagoa ser fatiada dia pós dia, o que nos levou a situação que estamos hoje’. No final deixou claro que precisamos entender que estes locais são do povo de Matões, patrimônio de todos e devemos entrar nessa luta sem pretensões de particulares nem de grupos isolados.
A caminha foi realizada até o locai onde existia a nascente da lagoa, na área que deveria correr água encontramos apenas morte, todos os pés de buriti que haviam naquela região estão mortos, somente encontramos o rastro por onde correra água no passado.
Na nascente da lagoa, ainda conseguimos encontrar sinais do precioso líquido, apenas como terra pouco úmida, como a que encontramos após três dias depois de uma chuva. Uma coisa boa percebemos, graças a luta do Neuton para preservar essa nascente a vegetação no entorno dela está preservada, encontramos árvores com idade de aproximadamente 7 anos.
O grupo deu um abraço simbólico no local onde outrora existia uma nascente, plantaram uma muda de árvore como forma de marcar esta iniciativa.
Seguindo mais a frente percebemos a dura realidade, a vegetação cerca de 100 metros depois da área de preservação não é igual, somente árvores ralas, de pequeno porte com aproximadamente 2 anos de vida.
No final da caminha ficou decidido que algumas medidas serão tomadas, alguma imediatamente outras ao logo do processo:
  • Procurar a Suzano para tratar sobre a preservação de sua área de proteção;
  • Mobilização nas redes sociais;
  • Elaboração de um seminário para envolver a comunidade em geral;
  • Buscas contatos especializados foram do município para trazer soluções para os problemas;
  • Envolver as escolas, a começar pelo João Paulo I;
Texto e Fotos: Odecam

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