domingo, 12 de maio de 2013

HOMENAGEM ÀS MÃES...

DA MÃE

Escrever para a mãe 
Como quem escreve para o início 
Para a origem do primeiro sopro 
Para as carnes que me envolveram 
Em meu corpo pleno de plasma 
Escudo, cama e o teto 
Quando tudo era de cristal 
Mulher de ferro derretida em fogo 
Lava cuspida em dor e cor 
Estaticamente parada de pé 
Escorrega e espera-me 
Que um vulto passe e lhe toque 
Sua pele metálica e macia 
Rígido olhar de procuras 
Mordida de átomos 
Alquímicas e nuas 
Suas duras paixões 
Movimentos quebraram 
Dunas e arestas do estômago 
Que a mim tão bem me cabiam.
 

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